Minhas cartas foram em vão,
Você as ignorou.
No meio da enorme imensidão,
Você não perdoou.
Lhe escrevi todos os dias,
Enquanto havia uma esperança.
Achava que as lia,
Enganei-me como criança.
Ignorado por completo,
Só resta as costas virar.
Tomar o caminho reto,
E para minha casa voltar.
Depois não me venha,
Dizer o que não se diz.
No alto de uma penha,
Não se escapa por um triz.
Encontro chuva quando volto,
Caindo no rosto meu.
Não, não me revolto,
Sem saber o que aconteceu.
Aceito como cordeiro,
O que foi designado.
Melhor que ser forasteiro,
Em um lugar mal assombrado.
Viver nas eternas sombras,
É só para quem não tem juízo.
É melhor que o peito rompa,
E esquecer o paraíso.
As minhas cartas vão ficar,
Perdidas no tempo eterno.
Quem sabe quando as encontrar,
As leia com o coração terno.
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