terça-feira, 28 de maio de 2019



Tenho saudades


De acordar com canto de galo
Do mato, sentir o cheiro
Tomar banho num regato
Não se  preocupar com dinheiro

Ver a noite vir chegando
Surgindo detrás da montanha
Os sapos coaxando
Numa barulheira tamanha

Ver a lua bem de perto
Com mil estrelas a brilhar
Entender que isto é o certo
E a vida não mudar

De comer comida na lenha
E de um cafezinho passar
Receber quem quer que venha
E logo a casa mostrar


De sentar em uma prosa
Sem ter hora de acabar
Da vida simples da roça
Que deixamos para lá

São memórias que ficaram
De meu tempo de criança
Que no tempo não apagaram
Que são doces lembranças.

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