O
que trago?
Comigo
no peito.
Além
da lembrança do afago,
De
um amor que era perfeito.
Uma
febre ansiosa
Invade
meu coração
Na
boca palavra nervosa
De
fala sem exatidão
Talvez
num encanto de mago
Sumam
as coisas dolorosas
E
na mente eu apago
E
planto um jardim de rosas
Ser
assim de ninguém
Sem
asas para voar
É
um castelo de desdém
Num
deserto sem desaguar
Um
dia se fez alvorada
Com
um gorjeio no ninho
E
minha amada apaixonada
Vestida
de puro linho
Despejava
seu encanto
Em
todo este meu ser
Eu
perdido num canto
A
ela não pude ver
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