Um grito de desespero,
Ecoa no quarto a noite.
Era muito exagero,
Era sonho com açoite.
A carne que foi cortada,
Já não sangra como antes.
A ferida foi atada,
Com um fio de barbante.
Na escuridão que reina,
Quase nada dá para ver.
Como um amor que teima,
Em querer aparecer.
Atrás do lancinante açoite,
Está a mão que beija.
Já eram meia-noite,
E a dor não me deixa.
Procuro no álcool a fuga,
Para o corpo entorpecer.
Logo a taça enxuga,
E me faz adormecer.
Esperando um novo dia,
Que raiará com certeza.
Um novo sonho, fantasia,
Que me deixará na tristeza.
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