Não sou imagem de loucura,
E nem sonho que acabou.
Não sou lágrima de
amargura,
E nem ferida que sangrou.
Não sou desabafo madrugador,
Que perambula pelo quarto.
Não sou perfume que secou,
E nem sinfonia num retrato.
Não sou maré vazante,
E nem vento devastador.
Não sou cavaleiro andante,
E nem mago adivinhador.
Não sou muito pequeno,
E nem canto encantador.
Não sou um certo veneno,
Que tanto provoca dor.
Não sou cisne esbelto,
e nem rouxinol cantador.
Não sou um ser tão belo,
Que enfeitiça e é sedutor.
Não sei nem quem eu sou,
Ou quem ainda posso ser.
Só sei que o que passou,
Nunca mais eu posso ter.
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