O mar
junta-se
ao ar,
no horizonte
distante.
O sol pinta
de amarelo-avermelhado,
o céu azul,
que vira
encarnado.
O vento espalha
semente flutuante,
e folhas, e pó,
por onde passo
rastejante.
Meus olhos
distanciam de tudo,
à distância.
Da distância de ti,
quero distância.
Pólos iguais
de um mesmo imã,
não és cisma,
és irmã,
deitada em meu divã.
Assim parto e te deixo,
como pedra de rio,
como pedra de seixo,
lavada pela água,
aparada pelo frio.
Pouso aqui,
Pouso acolá,
Sumo daqui,
Pra te deixar.....
Visita ao Convento do Espírito Santo em Loulé
Há 15 horas
Olá Older
ResponderExcluir"Da distância de ti quero distância", adorei essa frase. Belo poema.
Abração
Não entendo isso de polos iguais de 1 mesmo imã.Cientificamente isso não existe. porque se são polos iguais, vc quer dizer dois corpos e não podem estar num mesmo imã...pois o imã é feito de um único material.Mas...tudo vale em favor da poesia.Lindo de se ler!
ResponderExcluirInvejarei o Wanderley, mas eu amei essa mesma frase:
ResponderExcluir"Da distância de ti, quero distância"
Beijos e uma linda tarde pra você.
Cara Brison Mattos terei de lhe responder por aqui, já que não há acesso ao seu perfil e nem a uma página sua, mas vamos lá tentarei te explicar. Na licença poética, quase tudo é permitido. Quando digo dois polos de um mesmo imã, significa que somos iguais, mas estamos em pólos separados; quando digo não és cisma, significa que não é motivo de briga ou discórdia; qdo digo que és minha irmã, significa que és dileta, és querida; quando digo que vc é meu divã, significa que tudo confesso, não há segredos entre eu e a pessoa a quem me refiro, entendeu?
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